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Sou Comunicóloga/Psicopedagoga com extensão em Educação Especial e Atendimento Educacional Especializado. Sou casada com uma pessoa especial/companheiro maravilhoso: Acácio - Minha Vida e, juntos temos três lindas princesas. Quando me comprometo com algo levo a sério e faço tudo para que o melhor seja o resultado. Acredito na Inclusão escolar e aposto que o OLHAR é uma das ferramentas primordiais para o alavancar dessa ideia.

terça-feira, 24 de julho de 2012

A ESCOLA SEM NADA PARA OS SEM NADA!


Maravilha... ma-ra-vi-lha!!! O Governo Federal no âmbito educacional retira com consciência um migalha dos lucros para fazer louváveis investimentos. Migalhas sim, pois o muito que se investe ainda é insuficiente diante do que se deseja e do que se pode investir. Economistas de ampla visão social e acima de tudo humana, tem cálculos de que o que se investe do PIB poderia ser 12% e não 4% ou 6% numa EDUCAÇÃO que se almeja ser para TODOS. De qualquer forma nos últimos dez anos eu tiro o meu chapéu por esse pouco que o Governo Federal vem investindo, ele só precisa acompanhar melhor seus investimentos para que estes inescrupulosamente não sejam desviados: cor-rup-ção!
E nessa roda viva vão passando as gerações com as mesmas seqüelas: dentro de escolas (depósitos) sem nenhuma estrutura física – carteiras sem proporção anatômica idade/desenvolvimento, sem mesmo ter estrutura para que o professor utilize um recurso didático diferenciado, necessário a aprendizagem com olhar da essência de que o lúdico deverá ser ferramenta presente nas turmas de educação infantil e no ciclo de alfabetização – do 1º ao 3º Ano do Ensino Fundamental – ter com a possibilidade de exercer uma pedagogia inclusiva.
Lamentável constatação: É A ESCOLA SEM NADA PARA OS SEM NADA.
E para piorar o quadro, certamente o governo federal pressionado pela Organização das Nações Unidas grita que a saída, impõe sem direcionamento e estrutura investigativa plausível do investimento que envia aos governos municipais e estaduais para que se implante a escola integral – ESCOLA INTEGRAL? Estamos anos luz longe da real e ideal estrutura de uma Rede Pública em condições de implantar uma educação integral. Seguindo essa baderna que são as gestões políticas de nosso país, gestões que pregam princípios, mas que se enveredam no caminho da demagogia e da inescrupulosa fenda da corrupção. “Gestores” no afã de se manter nos cargos rabiscam “projetos” justificando a necessidade no programa mais educação de atender até 50% da sua clientela e surge nessa trilha: O MAIS INFERNO!
MAIS INFERNO sim, sem medo de errar. É somente tirarmos o véu da hipocrisia, a túnica do sim incoerente e analisarmos humanamente o que está acontecendo nas nossas escolas: os pais aderindo ao programa ciente que seus filhos estão seguros e, o pior sem a consciência de que a escola que o filho estuda foi premiado com o PROGRAMA, porque seu Ideb foi baixo, ou seja, não estão pedagogicamente fazendo o que é o dever e o direito do aluno: ensinando com qualidade e ideais condições. Os alunos “tadinhos” perdem a empolgação e o pior o olhar de valorização pela ESCOLA, já não tem desenvolvimento cognitivo e emocional para perceber que a escola é um espaço onde ele – aluno – pode ser preparado para ser um transformador do seu próprio meio. Ele não tem condições de sentir e nem informações que tem no horário normal de aula sistematizada, os ideais recursos materiais, didáticos, pedagógicos, espaço de Letramento/ALFABETIZADOR que possibilite ao seu desenvolvimento e que ao se somar as horas a mais de estudo – MAIS EDUCAÇÃO – promova nesse ser a consciência de que ele pode galgar mais e mais degraus, de que é possível a ele, aluno da escola pública, ter realmente uma EDUCAÇÃO DE QUALIDADE. Uma educação que desmistifique, ou melhor, quebre esse paradigma invertido de que as portas das Universidades Públicas sejam estaduais ou federais estão abertas para quem teve base, aquele que de forma desigual foi polido, preparado numa escola privada. O alicerce desses que tiveram o diferencial na escola privada sem dúvida está seguro, seus pais pagaram para que na Educação Básica você recebesse o que é correto receber. Pagaram? Pagaram duplamente. Afinal, somos cidadãos que pagamos impostos ao consumir do imprescindível papel higiênico ao pedaço de carne, feijão e arroz que não pode faltar no nosso prato, daí o reforço: “saco vazio não se põe de pé”. Nos deparamos com a inversão dos valores: para o alicerce(educação básica) a escola pública não serve, mas para a formação acadêmica(graduação) as Universidades Públicas são as melhores, as que preparam com eficácia.
Mesmo com séculos e séculos que se passaram após o dito descobrimento do Brasil, continuamos nos comportando em termos educacionais como a da educação jesuíta, educação privatizada, para poucos, me arrepia o pensamento da provável constatação que alguém, um grupo, sei lá quem... acabe visualizando o crime humano cometido lá no auge da educação jesuíta, QUANDO DIZIAM ASSIM: catequizar os índios? Não! Eles não poderão aprender, ser alfabetizados, pois eles os nativos do nosso país, não tem ALMA. Se a alma se fortalece com boa alimentação, com bons espaços para se desenvolver emocional e socialmente; estamos na trilha de rotularmos: pobre não tem alma, não tem direito a nada -  É POBRE.
GRITA CIDADÃO, SE APRESSE, CORRE, GRITE.  É HORA DA POPULAÇÃO ACOOOOOOOOOOORDAR E SABER O QUE É REALMENTE POSTURA CIDADÃ, SABER REIVINDICAR.
Lembrando a marcante frase do Mestre Freire: “A Educação sozinha, não muda nada. Mas, nada MUDA sem EDUCAÇÃO.”
Rosecleide Santos Araújo Silva - 25 de julho de 2012 às 00:14

  

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