Lendo a produção que segue
logo abaixo, que infelizmente não sei de quem é a autoria, mas muito
interessante reforçou em mim o seguinte questionamento: Quem é o deficiente?
Ele, que espera de você uma ação, o uso de uma estratégia que permita que o
mesmo possa externar sua capacidade de compreensão, que juntos vocês podem
manter uma comunicação produtiva e prazerosa, que você pode ensinar, mas pode
também aprender e vice-versa. Ou você, que está preso a um olhar ofuscado que
acha que só é possível fazer se tudo estiver ao alcance. Que para desenvolver
habilidades ou realizar ações, na temática: aprender só é possível se não lhe
faltar nenhum membro, se todos os seus sentidos estiverem em perfeito
funcionamento e o seu cérebro a todo vapor... E aquela palavrinha que até
usamos, infelizmente selecionamos onde e com quem usar: SUPERAÇÃO. Gente olha para natureza! Que show de
harmonia e superação ela nos demonstra a cada dia seja com a fauna ou com a
flora. Foi por OLHAR a natureza que o homem EVOLUI; aprendeu a se defender,
proteger... ir além. Foi com o OLHAR. Vamos olhar, olhar e buscar
principalmente a EVOLUÇÃO INTERIOR que quebre as amarras de preconceitos, que
nos coloque nos trilhos da HUMANIZAÇÃO, do respeito e crédito pelo OUTRO.
Reforço o que ficou tão forte
no meu aprendizado acadêmico de psicopedagogia e que faço questão na prática de
já uma década buscar alimentar e viver a reflexão: “nada é verdade, nada é
mentira... tudo depende do olho que observa.” Quando seu olhar se encanta e os
ouvidos permitem ouvir o som do é possível, você rompe barreiras, você vai além
e ai torna-se um misto de prazer satisfatório que sufoca a sua fala e
verbalmente não lhe é possível com palavras dizer o quanto é bom constatar que
tudo é possível. E essa limitação que emocionalmente te prende, não impede que
você mesmo sem falar seja entendido: teu choro fala, teu corpo fala, TEU OLHAR
FALA. É magnífico!
É acreditando na
possibilidade de uma EDUCAÇÃO INCLUSIVA REAL que transcrevo partes do texto que
motivou o renovar do meu questionamento: Quem é deficiente?
“A Inclusão não pode se
limitar ao cumprimento das leis, a Inclusão Escolar vem sendo mal compreendida.
Tanto nas escolas de ensino especial como nas escolas de ensino regular
precisam se reorganizar. Ambas precisam se desacomodar, parar de tratar a
Inclusão como “ajudar” a portadores de deficiências... A Inclusão valoriza
diferentes ritmos de aprendizagem e diferentes habilidades, cada ser humano
carrega consigo aptidões, potencialidades.
Formação profissional é
necessário sim, mas o mais importante é o amor por quem se atende...Isso é o
que faz a diferença na Educação.”
Por:
Rosecleide Santos Araújo Silva – Comunicóloga/Graduanda em Letras
Português/Psicopedagoga com Extensão em Educação Especial e AEE