I N S P I R A D O S P E L O A U T I S M O
Informando, Inspirando e Habilitando Famílias, Profissionais e Crianças com Autismo
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(Informações dirigidas aos professores auxiliares/mediadores)
Nós queremos que a criança aprenda a:
1) Procurar ajuda, buscar referências sociais e dirigir sua atenção a outras crianças.
2) Procurar ajuda e responder ao professor principal.
3) Manter a sua auto-regulação.
4) Procurar ajuda, buscar referências sociais e responder ao professor auxiliar.
- Como auxiliar a criança a procurar ajuda, buscar referências sociais e dirigir sua atenção a outras crianças.
Quando trabalhando em uma atividade, o professor auxiliar pode fazer comentários,
apontar e celebrar o trabalho de outras crianças naquela atividade. Isso encoraja a
criança com autismo a prestar mais atenção ao que as outras crianças na classe estão
fazendo. O professor auxiliar pode também apontar, “Olhem como Charlie está
esperando na fila pela sua vez. Nossa, é ótimo isso que o Charlie está fazendo.” Em
outros momentos, o professor auxiliar pode pedir a uma criança responsiva para
explicar algo para a criança com necessidades especiais ou até, em alguns
momentos, encorajar uma outra criança a escrever em seu caderno para que a criança
com autismo copie, etc.
Como auxiliar a criança a procurar ajuda e responder ao professor principal.
Para fazer isso, a criança com necessidades especiais deve ser em alguns momentos
corrigida pelo professor em vez de ter o professor auxiliar sempre a ajudando ou
tomando o lugar do professor. O professor auxiliar deve trabalhar em parceria com o
professor principal para que possam equilibrar este trabalho conjunto de uma forma
que seja eficaz para a criança especial e para os seus colegas de classe.
Como auxiliar a criança a manter a auto-regulação.
Permita que a criança algumas vezes sente-se e concentre-se novamente sem o
estímulo do professor ou professor auxiliar. Isso pode levar mais tempo, mas permite
que a criança desenvolva habilidades úteis de auto-regulação. Por exemplo, muitas
das crianças neurotípicas se levantam entre atividades e se movem pela classe (ou até
dão pulinhos e ou pequenos giros por alguns instantes). Observamos com freqüência
professores auxiliares tentando manter a criança com autismo sentada. Em vez de
manter a criança com autismo sentada, permita que ela se levante e se mova ao redor
se as outras crianças estiverem fazendo isso. Então, dê a ela a oportunidade de voltar
ao seu assento antes que a próxima atividade comece. Pause e observe se a criança
volta sozinha. Se ela não voltar a se sentar por conta própria, o professor auxiliar
pode diretamente pedir a ela que o faça ou celebrar as outras crianças que estão
voltando aos seus assentos (trazendo a atenção da criança com autismo para o que
as outras crianças estão fazendo), ou ainda, intencionalmente esperar que o professor
principal verbalmente direcione a criança de volta para o seu assento.
- Como auxiliar a criança a procurar ajuda, buscar referências sociais e responder ao professor auxiliar.
O professor auxiliar pode algumas vezes participar e realizar as atividades que o
professor principal tenha planejado. Em vez de apenas observar as outras crianças e
orientar a criança especial, o professor auxiliar pode também trabalhar na atividade ele
mesmo. O professor auxiliar pode então encorajar a criança a olhar para o que ele
está fazendo em vez de simplesmente dizer a ela o que fazer. Isso permite que a
criança desenvolva habilidades para buscar referências sociais e prestar atenção a
alguma outra pessoa de forma a imitar e aprender com os outros.
Diga diretamente à criança o que você gostaria que ela fizesse.
Celebre quando ela pedir por ajuda e utilize uma das quatro ferramentas (ofereça a
resposta ou a modele para ela, dê como referência as outras crianças, dê como
referência o professor, a encoraje a resolver a questão por si mesma.)
Um exemplo de atividade para incentivar a utilização de referências sociais.
Você pode usar um divertido aceno de cabeça significando sim/não quando se
comunicar com a criança enquanto vocês estiverem envolvidos em uma atividade
altamente motivadora. Desse modo, a criança é encorajada a olhar em direção ao seu
rosto para obter informações. Por exemplo, eu estive recentemente com um garoto
que adora jogar “4 quadrados” com seus colegas de classe. Durante o jogo, cada
criança fica em seu quadrado – são 4 quadrados unidos na forma de um grande
quadrado no chão. As crianças jogam a bola de um quadrado para o outro. Se a bola
quica no quadrado de uma criança, ela precisa jogar a bola em direção ao quadrado
de outra criança. Se a criança não consegue pegar a bola ou joga a bola para fora de
todos os outros quadrados, então ela perde um ponto. Após cada pontuação, quando
as crianças estivessem motivadas para começar a jogar a bola novamente, um adulto
poderia segurar a bola e de forma divertida acenar negativamente com a cabeça por 5
segundos, e então de forma animada acenar positivamente com a cabeça enquanto
joga a bola para o jogo recomeçar.
A inclusão só não é possível na mente daqueles que se julgam melhores e superiores aos demais e que vivem a partir das suas próprias reflexões-que nem sempre são as mais recomendadas.
ResponderExcluirParabéns Rosecleide! a sua iniciativa em compartilhar suas experiências com certeza irá ajudar àqueles que necessitam de uma base sólida para continuar a sua caminhada.