Maravilha... ma-ra-vi-lha!!!
O Governo Federal no âmbito educacional retira com consciência um migalha dos
lucros para fazer louváveis investimentos. Migalhas sim, pois o muito que se
investe ainda é insuficiente diante do que se deseja e do que se pode investir.
Economistas de ampla visão social e acima de tudo humana, tem cálculos de que o
que se investe do PIB poderia ser 12% e não 4% ou 6% numa EDUCAÇÃO que se
almeja ser para TODOS. De qualquer forma nos últimos dez anos eu tiro o meu
chapéu por esse pouco que o Governo Federal vem investindo, ele só precisa
acompanhar melhor seus investimentos para que estes inescrupulosamente não
sejam desviados: cor-rup-ção!
E nessa roda viva vão
passando as gerações com as mesmas seqüelas: dentro de escolas (depósitos) sem
nenhuma estrutura física – carteiras sem proporção anatômica
idade/desenvolvimento, sem mesmo ter estrutura para que o professor utilize um
recurso didático diferenciado, necessário a aprendizagem com olhar da essência
de que o lúdico deverá ser ferramenta presente nas turmas de educação infantil
e no ciclo de alfabetização – do 1º ao 3º Ano do Ensino Fundamental – ter com a
possibilidade de exercer uma pedagogia inclusiva.
Lamentável constatação: É A ESCOLA SEM NADA PARA OS SEM NADA.
E para piorar o quadro,
certamente o governo federal pressionado pela Organização das Nações Unidas
grita que a saída, impõe sem direcionamento e estrutura investigativa plausível
do investimento que envia aos governos municipais e estaduais para que se
implante a escola integral – ESCOLA INTEGRAL? Estamos anos luz longe da real e
ideal estrutura de uma Rede Pública em condições de implantar uma educação integral. Seguindo essa
baderna que são as gestões políticas de nosso país, gestões que pregam
princípios, mas que se enveredam no caminho da demagogia e da inescrupulosa
fenda da corrupção. “Gestores” no afã de se manter nos cargos rabiscam
“projetos” justificando a necessidade no programa mais educação de atender até
50% da sua clientela e surge nessa trilha: O MAIS INFERNO!
MAIS INFERNO sim, sem medo
de errar. É somente tirarmos o véu da hipocrisia, a túnica do sim incoerente e
analisarmos humanamente o que está acontecendo nas nossas escolas: os pais
aderindo ao programa ciente que seus filhos estão seguros e, o pior sem a
consciência de que a escola que o filho estuda foi premiado com o PROGRAMA,
porque seu Ideb foi baixo, ou seja, não estão pedagogicamente fazendo o que é o
dever e o direito do aluno: ensinando com qualidade e ideais condições. Os
alunos “tadinhos” perdem a empolgação e o pior o olhar de valorização pela
ESCOLA, já não tem desenvolvimento cognitivo e emocional para perceber que a
escola é um espaço onde ele – aluno – pode ser preparado para ser um
transformador do seu próprio meio. Ele não tem condições de sentir e nem
informações que tem no horário normal de aula sistematizada, os ideais recursos
materiais, didáticos, pedagógicos, espaço de Letramento/ALFABETIZADOR que
possibilite ao seu desenvolvimento e que ao se somar as horas a mais de estudo
– MAIS EDUCAÇÃO – promova nesse ser a consciência de que ele pode galgar mais e
mais degraus, de que é possível a ele, aluno da escola pública, ter realmente
uma EDUCAÇÃO DE QUALIDADE. Uma educação que desmistifique, ou melhor, quebre
esse paradigma invertido de que as portas das Universidades Públicas sejam estaduais
ou federais estão abertas para quem teve base, aquele que de forma desigual foi
polido, preparado numa escola privada. O alicerce desses que tiveram o
diferencial na escola privada sem dúvida está seguro, seus pais pagaram para
que na Educação Básica você recebesse o que é correto receber. Pagaram? Pagaram
duplamente. Afinal, somos cidadãos que pagamos impostos ao consumir do
imprescindível papel higiênico ao pedaço de carne, feijão e arroz que não pode
faltar no nosso prato, daí o reforço: “saco vazio não se põe de pé”. Nos
deparamos com a inversão dos valores: para o alicerce(educação básica) a escola
pública não serve, mas para a formação acadêmica(graduação) as Universidades
Públicas são as melhores, as que preparam com eficácia.
Mesmo com séculos e séculos
que se passaram após o dito descobrimento do Brasil, continuamos nos
comportando em termos educacionais como a da educação jesuíta, educação
privatizada, para poucos, me arrepia o pensamento da provável constatação que
alguém, um grupo, sei lá quem... acabe visualizando o crime humano cometido lá
no auge da educação jesuíta, QUANDO DIZIAM ASSIM: catequizar os índios? Não! Eles
não poderão aprender, ser alfabetizados, pois eles os nativos do nosso país,
não tem ALMA. Se a alma se fortalece com boa alimentação, com bons espaços para
se desenvolver emocional e socialmente; estamos na trilha de rotularmos: pobre
não tem alma, não tem direito a nada - É
POBRE.
GRITA CIDADÃO, SE APRESSE,
CORRE, GRITE. É HORA DA POPULAÇÃO
ACOOOOOOOOOOORDAR E SABER O QUE É REALMENTE POSTURA CIDADÃ, SABER REIVINDICAR.
Lembrando a marcante frase
do Mestre Freire: “A Educação sozinha, não muda nada. Mas, nada MUDA sem
EDUCAÇÃO.”
Rosecleide Santos Araújo
Silva - 25 de julho de 2012 às 00:14
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